terça-feira, 3 de maio de 2011

Sobre escolhas...



No caminho pra casa, cansado (a) após um longo dia de trabalho, você não vê a hora de tomar um banho e relaxar, fazer uma boa refeição, brincar com as crianças, quem sabe assistir ao noticiário, ter uma boa noite de sono a fim de recuperar as energias para recomeçar o dia. 

Ao chegar em casa você se depara com um caos total, nem acredita estar em sua casa: muita bagunça, brinquedos espalhados pela sala, a pia cheia de pratos, a janta não esta pronta, as crianças ainda estão com a farda da escola. Você se dá conta de que não consegue conciliar as tarefas domésticas com o trabalho e decide contratar uma empregada, ou secretária do lar, como queira.

            Primeiramente você busca informações com amigos e familiares. Você nunca teve uma empregada e quer escolher a melhor para se adequar as suas necessidades. Após algumas recomendações e depois de ter entrevistado algumas candidatas você deixa claro para a possível escolhida qual o serviço deverá ser realizado e de que maneira. Ela foi bem recomendada, mostrou-se honesta, confiável, alguém com quem você deixaria os seus próprios filhos.

            No primeiro dia tudo funciona perfeitamente: a casa está organizada, nada de brinquedos espalhados, nada de sujeira, a janta esta pronta, os seus filhos estão limpos e aguardando ansiosamente pela sua atenção. Você fica admirado (a) com o serviço prestado pela empregada, acreditando ter feito a melhor escolha.  Essa rotina se repete por um tempo, você passa a tratar a doméstica como alguém de sua família.

            De repente, ao chegar em casa de viagem um dia antes do previsto você não acredita no que vê ao ser atendido pela doméstica: sua casa esta suja, música alta e pessoas que você não conhece estão na sua sala, comendo a sua comida e consumindo bebidas alcoólicas, uma algazarra.  Você tenta manter a calma e pede uma explicação.  A empregada diz que são apenas familiares. Você prefere não resolver esse assunto naquele momento, só pede para que todos saiam.
         No dia seguinte você espera que a doméstica compareça ao serviço. Ela tenta se justificar de várias formas, promete que essa situação não irá se repetir, suplica pelo emprego. E agora? Demiti-la sabendo que sua casa voltará a ficar desorganizada, ou perdoá-la por esse deslize? Após ponderar você decide demiti-la. Pouco depois você se da conta de que alguns de seus pertences sumiram, mas tem ideia do que possa ter acontecido.

           Qual a sua atitude? Denunciá-la por furto? Desconsiderar o acontecido e decidir nunca mais confiar o seu lar a uma doméstica, ou acreditar que esse foi um fato isolado e que há pessoas realmente honestas, decidindo assim fazer uma seleção mais rigorosa? 
  
        Se você (POVO) não aceita que uma empregada doméstica (POLÍTICOS) tenha esse comportamento em sua casa (BRASIL), por que permite que aconteça isso na POLÍTICA?

Um comentário:

  1. Ótimo post!Se levassemos a política tão a serio como levamos a nossa casa, não teriamos politicos corruptos nos representando.
    Continue assim, escrevendo bem!
    Sucesso!
    O blog ta lindo!

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